Ostara é celebrado no hemisfério Norte por volta de 21 de março e no hemisfério Sul por volta de 22 de setembro. Este é o tempo em que as sementes são plantas e começam o seu processo de crescimento. Ostara é tido como um momento de união e amor entre a Deusa (Lua) e o Deus (Sol), pois é um período de igualdade e equilíbrio entre as forças da Natureza, e isso indica também que é o momento ideal para fortalecer a energia de complementaridade entre homem e mulher.
Segundo as crenças Wiccanas, em Ostara o Deus (Sol) cresceu, tornando-se um jovem adulto. Ele está passando pela puberdade e suas forças são refletidas na vitalidade e no crescimento das plantas. Ele está crescendo novamente. Com a vitalidade crescente dele vem o calor da Primavera e o futuro plantio das futuras colheitas. A Deusa não é tida mais como a Mãe nutridora, mas como uma bonita Virgem da Primavera. Assim como em relação à Natureza esse é o momento de plantar, essa também é a hora de cultivarmos nossas “sementes” (metas e objetivos). É o período de celebrar as mudanças de nosso corpo, pois nessa estação do ano ficamos mais ativos, dormimos menos, comemos menos e gastamos mais tempo ao ar livre.
Nesse dia, os antigos Pagãos de Europa acendiam Fogueiras nos cumes de montanhas, pois acreditavam que o brilho do fogo seria capaz de tornar a terra frutífera e manter suas casas em segurança. O fogo aceso também simbolizava iluminar os caminhos para que o Sol pudesse retornar à Terra.
A Deusa reverenciada nesse dia é Eostre (observe a semelhança do nome Eostre com Easter = Páscoa, em inglês), e o Sabbat do Equinócio da Primavera ganhou o nome de Ostara em sua homenagem. O Cristianismo absorveu muito dos costumes e folclores Pagãos de Ostara, pois no hemisfério Norte e atual data pascal ocorrem próximo à data de Ostara.
Eostre, que significa “a Deusa da Aurora”, é uma Deusa anglo-saxã da Primavera, da ressurreição e do renascimento. Estava associada à fertilidade e aos grãos, e oferendas de pão e bolo eram feitas nessa época a Ela.
A primeira e mais preservada Tradição Pagã de Ostara é a pintura e decoração dos ovos. Se realmente analisarmos com cautela, por que os Cristãos têm o costume de se presentearem com ovos na Páscoa?
A resposta é simples, não acha?
O ovo simboliza a fertilidade da Deusa e do Deus, o símbolo de toda a criação. Ao decorá-los, estamos carregando-os como objetos mágicos, de acordo com as cores que utilizarmos. É uma Tradição também esconder os ovos, e achá-los simboliza que a pessoa alcançará suas metas. Outro simbolismo é o coelho da Páscoa. Muitos nem sequer percebem que o coelho é um dos maiores símbolos de fertilidade da Deusa, pois eles levam um período de 28 dias para gestarem e darem à luz os filhotes, e 18 dia é o ciclo de uma lunação.
Além disso, a lenda do coelho da Páscoa tem uma estreita relação com a referente à Deusa Eostre, na qual um gentil coelhinho pedia favores a Deusa e em troca botava ovos, decorava-os e presenteava a Deusa com eles. Segundo a lenda, Eostre ficou maravilhada com a beleza dos ovos e ficou tão contente que desejou que toda a humanidade pudesse partilhar de tamanha beleza e alegria. Assim, o coelho começou a viajar por todo o mundo na época do Equinócio da Primavera, presenteando a todos com seus ovos decorados.
Os símbolos desse Sabbat são as flores e os ovos coloridos. Esses ovos enfeitam o Altar e depois são colocados aos pés das árvores ou em vasos com plantas.
Nesse dia, os antigos europeus iam até o campo para colher flores e as levavam para casa, pois acreditavam que as flores colhidas no Equinócio da Primavera eram mágicas e, através delas, seriam capazes de conectarem a energia de toda a Natureza. Essas flores eram secas e com elas eram feitos ornamentos para enfeitar as casas, até Ostara do ano seguinte, em que eram trocadas por novas flores, assegurando assim a continuidade de sorte, saúde e felicidade.
Ostara é o tempo da renovação, o momento ideal de passear por jardins, parques, bosques, florestas e outros lugares verdes, fazendo do passeio um verdadeiro ritual, uma celebração da Natureza e da vida.
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