quinta-feira, 27 de novembro de 2008

IMBOLC

Imbolc - A Promessa da Primavera - 1º de Agosto

Imbolc ou Candlemas, como também é conhecido, ocorre no pico do Inverno.

Este é o tempo do ano em que a Terra se encontra fria. O sol está lentamente aumentando sua força a cada dia. A Luz Crescente é um sinal da promessa da Primavera. Imbolc é o festival que celebra a luz nas trevas.

É festejado no hemisfério Norte em 2 de fevereiro no hemisfério Sul é celebrado em 1º de agosto.

A palavra Imbolc significa “no leite”, pois nesse período as ovelhas, vacas e cabras entravam em seu período de lactação e começavam a produzir leite. Isso era um indício claro da chegada da Primavera.

Imbolc marca as boas-vindas à Primavera, época em que a vida começa a acordar do sono firo do Inverno. Neste dia sagrado celebramos a fertilidade de todas as coisas.

Em Imbolc a Deusa Brigit, Senhora do Fogo, da vida, do conhecimento, da poesia, das fontes sagradas, era honrada por todos os celtas. Todos agradeciam por Ela ter mantido o Fogo da lareira queimando durante as noites escuras e gélidas de Inverno.

Brigit é uma Deusa solar, associada com as árvores, as flores e o cantar dos pássaros e nessa época do ano, com a aproximação da Primavera, todos esses elementos começavam a dar seus primeiros sinais vitais de retorno.

Brigit tinha um santuário na antiga capital irlandesa de Kildare, onde um grupo de 19 Sacerdotisas mantinha uma chama eterna acesa em sua honra. Ela era considerada a Deusa do Fogo e a padroeira dos ferreiros. Era uma Deusa Tríplice, Guardiã da lareira e da família.

Esse Sabbat simboliza o tempo em que a Deusa está cuidando do seu bebê, a Criança do Sol (o Deus). Ela e se filho afastam o Inverno. O Deus está crescendo forte e poderosos e isso se torna cada vez mais visível nos raios de Sol que começam a dar seus primeiros sinais. A Deusa está recuperando suas forças do nascimento em Yule e isso é refletido na coloração verde das plantas e nos animais que começam a sair da hibernação. Agora a Deusa abandona o seu aspecto de Anciã e se transforma na Virgem das Flores.

Os Grandes Sabbats são conhecidos como Festivais de Fogo, pois é tradicionalmente acesa uma fogueira em suas celebrações. Imbolc é único em que o tempo frio impedia o acendimento de uma fogueira ao ar livre. As fogueiras de Imbolc tomavam forma então nas muitas velas e tochas acesas. Essa é a razão por que Imbolc é conhecido como Candlemas, que vem do Candle = “velas associado a, mas ”massa”, ou seja, “massa de velas”. As velas representam o pequeno fogo da Criança Sol (o Deus), crescendo em cada um de nós. Esse simbolismo das velas em Imbolc é extremamente poderoso, pois reafirma que a Divindade reside no interior de cada um de nós, bem como o poder de força de transformar as esperanças em realidade.

Imbolc era o momento em que cada vela, lamparina e tocha da casa era acesa para iluminar os caminhos, para que o Sol pudesse atravessar. Por toda a Europa, nessa época, eram feitas procissões com tochas, com a finalidade de purificar os campos e arados para o plantio na Primavera que se aproximava. Isso poderia ser interpretado como um rito de invocação ao Deus (Sol), para que fertilizasse e fecundasse a Terra, e entrasse em todas as casas com sua luza para que estas fossem prósperas e ricas.

Imbolc é o Sabbat da Purificação, por isso uma prática tradicional associada com esse Sabbat é a Varredura, na qual varremos nosso Círculo com Vassouras Mágicas, expulsando energias negativas, como azar, ressentimentos e coisas ultrapassadas de nossa vida. É comum também varrer toda a casa mentalizando o banimento do mal.

A ligação de Imbolc com a purificação vem da Antiga Europa, onde, nessa época, toda a decoração de Yule era queimada, de acordo com as Antigas Tradições. Isso representava o desligamento com o passado para que o futuro fosse promissor. Caso isso não acontecesse, os antigos europeus acreditavam que os maus espíritos viriam assombrar a casa e seus moradores e trazer toda espécie de azar durante o ano.

Outros costumes muito tradicional são as camas de Brigit – bonecas são feitas com palha ou ervas e então colocadas ritualisticamente em uma cama, junto a um pequeno bastão, representando a fertilidade da mente, do espírito e da Terra.

Por ser um período em que os temas de renovação, purificação e abandono do velho para o início do novo estão em destaque, Imbolc é considerado por algumas Tradições como o melhor momento para a realização de Ritos de Iniciações, Dedicações, Wiccanings e outros Ritos de Passagens.

Imbolc é o momento ideal de banirmos todos os remorsos e culpas (sentimentos associados ao Inverno) e planejarmos o futuro para o próximo ano. Esse é um dos Sabbats mais poderosos, pois traz uma mudança pessoal profunda e transformativa. É tempo de limpar, lavar e purificar e se preparar para o crescimento e a renovação. Também é um período de sacrifícios voluntários do nosso Eu Exterior, pois é hora de banir o velho para que o novo possa entrar. Nesse Sabbat são feitas purificações com Fogo e Água, os principais elementos da Deusa Brigit.

É o momento de limpar e preparar nossas mentes e corpos para o ressurgimento. A Deusa está mandando embora os escombros do último ano com a sua sagrada Vassoura. Ela ocupará o espaço vazio com novas idéias e novos caminhos. Assim como Ela, temos que nos preparar e limpar o terreno para que o novo possa entrar em nossa vida.

Correspondências de Imbolc

Cores: vermelho, laranja, branco.

Nomes Alternativos: Imbolc Brigantia, Candlemas, Lupercus, Candelária, Disting, Oimelc, Dia de Brid, Brigit’s Day.

Deuses: a Deusa, no seu aspecto de Virgem e de fertilizadoras, e o Deus, no seu aspecto de fertilizador, jovem e menino.

Ervas: urze, sálvia branca, calêndula, limão, dente-de-leão, manjericão, sementes de açafrão, rosas, freixo, aveleira, verbena, violeta, mirra, estoraque, bálsamo, sangue-de-dragão, baunilha.

Pedras: quartzo branco, citrino, turmalina amarela, turmalina verde, quartzo rosa, hematita, rubi, granada, zircônia vermelha, pérolas, coral, ágata vermelha, topázio.

Atividades:

  • Queimar todos os enfeites de Yule para mandar o Inverno embora;
  • Fazer uma cama de Brigit;
  • Fazer uma Roda de Velas;
  • Pendurar uma Cruz de Brigit na parede de casa;
  • Varrer a casa com a Vassoura Mágica;
  • Limpar o seu espaço sagrado, seu Altar, Instrumentos, etc;
  • Colocar três sementes de milho sobre a porta principal como símbolo da Deusa Tríplice e deixar até Ostara, em que deverão ser queimadas;
  • Fazer travesseiros dos sonhos para cada um de seus familiares;
  • Colher pedras para serem usadas em Círculos Mágicos. Em Imbolc do ano seguinte devolvê-las à Natureza e trocá-las por novas;
  • Acender uma vela em cada janela da casa. Começar no pôr-do-sol do dia de Imbolc e continuar até o nascer do Sol do dia seguinte;
  • Abençoar velas para serem usadas durante o decorrer do ano em feitiços e sortilégios;
  • Fazer uma Mãe do Milho (Cor Mother).

Comidas e Bebidas Sagradas: bolos de frutas, tortas de maçãs, cerejas, framboesas, maçãs, pão, sopas de creme, vinho, suco de frutas e todos os tipos de chás.

Fazendo uma Boneca de Brigit (Brigith Doll)

Uma das Tradições de Imbolc é a Boneca de Brigit (Brigit Doll), feita de palha, espiga de milho ou pano, que é colocada sobre uma cama ao lado de um Bastão durante o ritual do Sabat.

A união da boneca com o bastão representa a união da Deusa e do Deus para a fertilização da Terra.

Para fazer a Boneca de Brigit e a sua respectiva cama, você vai precisar de:

  • Uma boneca feita de palha ou pano;
  • Uma pequena roupa branca para a boneca;
  • Uma pequena cesta de vime;
  • Palha de milho;
  • Um pequeno bastão de madeira decorado nas cores preta e branca.

Enfeite a boneca escolhida como preferir. Vista-a com a roupas brancas, representando a pureza da Deusa na sua face de Virgem e Noiva, uma das formas que Brigit assume em Imbolc. Encha a cesta de vime com a palha; esta será a cama de Brigit.

Durante o seu ritual de Sabbat, acenda duas velas brancas ao lado de cesta de vime enquanto diz:

Abençoada seja Brigit, Abençoada seja Grande Mãe.

Coloque o bastão na cama, junto com a boneca, enquanto diz:

Este é o Bastão Sagrado, o símbolo do Deus.
Que a união da Deusa e do Deus tragam luz e fertilidade à Terra.

Eleve a cesta, enquanto fala:

Brigit chegou, seja bem-vinda. Seja bem-vinda, Brigit. Seja bem-vinda, Seja bem-vinda!

Apague as velas. Ao nascer do Sol do dia seguinte coloque a Boneca de Brigit, sem as suas roupas, sobre a sua porta de entrada para trazer prosperidade, fertilidade, proteção, e deixe-a lá até o próximo Imbolc.

A Roda de Velas

Era costume entre os anglo-saxões coroar uma jovem com uma coroa de velas no dia de Imbolc, representando a Deusa Virgem. A coroa representava a Roda do Ano, a Luz do Sol.

Muitos pagãos ainda usam o costume de ornarem suas cabeças com uma coroa de velas como parte da celebração de Imbolc, outros porém fazem uma roda, com oito ou treze velas colocadas sobre o Altar e acesas durante a celebração do Sabbat, simbolizando a coroa de velas.

Para fazer uma Roda de Velas serão necessários:

  • Oito castiçais;
  • Oito velas: quatro vermelhas e quatro laranjas;
  • Cola;
  • Folhas de alumínio;
  • Lápis;
  • Folhagens verdes;
  • Papelão.

Decida de que tamanho você vai querer sua roda de velas. Trace a circunferência no papelão, recorte e então marque as posições das velas com o lápis na borda da Roda. Cole os castiçais no papelão. Espere secar.

Forre a Roda de papelão com o alumínio e enfeite com as folhagens.

Quando a decoração estiver completa, posicione as velas nos castiçais, intercalando as vermelhas com as laranjas. Coloque a Roda sobre o seu Altar e acenda as velas durante a sua cerimônia de Sabbat, invocando a Deusa em seu aspecto de Donzela.

Fazendo uma Vassoura Mágica para Varrer seu Círculo e sua Casa

Imbolc é o período da purificação e é prática comum entre nós, Pagãos, varrermos nossa casa e nosso Círculo Mágico com uma Vassoura Mágica, expulsando as influências do passado para que o novo possa entrar.

A árvore associada com Imbolc é o salgueiro, uma das árvores sagradas dos celtas, relacionada com a Lua e com a Primavera; então, nada melhor que fazer uma vassoura usando os ramos de salgueiro.

Você irá precisar de:

  • Um cabo de vassoura;
  • Ramos de salgueiro;
  • Pincel;
  • Tintas brancas, preta e vermelha;
  • Fitas branca, preta e vermelha.

Faça uma longa trança intercalando as fitas brancas, preta e vermelha. Coloque os ramos de salgueiro numa das extremidades do cabo da Vassoura e amarre-os à extremidade usando a trança feita com as fitas.

Pinte o cabo da Vassoura com as tintas branca, preta e vermelha. Essas são as três cores sagradas da Deusa e representam a Virgem, a Mãe e a Anciã. Decore como achar melhor. Você poderá fazer faixas no cabo ou simplesmente pintar símbolos da Lua, do Sol, das estrelas, etc. use sua criatividade.

Então consagre a sua Vassoura.

Para consagrar a Vassoura você necessitará de:

  • Um incenso de qualquer aroma;
  • Uma vela vermelha;
  • Um copo de água com sal;
  • Um pires com sal;

Passe a fumaça do incenso por toda a Vassoura dizendo:

Pelo ar eu te consagro.

Passe a chama da vela, enquanto diz:

Pelo fogo eu te consagro.

Respingue um pouco de água na Vassoura e diga:

Pela água eu te consagro.

Toque o cabo da Vassoura no pires de sal, dizendo:

Pela terra eu te consagro.

Pronto, sua Vassoura Mágica está consagrada e pronta para ser usada, suas cerdas ao ar, passando por todos os ambientes, enquanto visualiza a dispersão de tudo o que é velho e ultrapassado. Durante a celebração do seu Sabbat, varra o Círculo Mágico mentalizando a dissolução de todas as coisas velhas, para que assim o novo possa entrar em sua vida.

Ritual de Imbolc

Material necessário:

  • Uma roda de velas;
  • Cálice com vinho;
  • Uma Vassoura Mágica;
  • Um buquê de flores.

Procedimento:

Coloque a Roda de Velas no centro do Altar. Trace o Círculo Mágico. Após delimitar o espaço sagrado, varra o seu Círculo, cantando o seguinte cântico:

Vou banindo pela Terra e Ar
Vou banindo pelo Fogo e mar
Vou banindo, vou banindo pra purificar
Vou banindo, vou banindo para exterminar
Espiral, espiral, espiral
Sugue o que há de ruim, leve todo mal.

Enquanto canta, mentalize toda a negatividade e azar sendo banidos de sua vida. Varra e cante até achar que é necessário.

Quando terminar a Varredura, faça a seguinte invocação:

Brigit dos mantos e do fogo da lareira,
Brigit do cabelo entrelaçado,
Amiga das mulheres,
Mulher sábia,
Filha de Danu.
Inflame suas chamas em nossas mentes e corações,
Faça-nos sua harpa, sua forja, para que possamos curar, inspirar e transformar.
Guie todos os caminhos através de mim.

Acenda as velas da Roda e, a cada vela acesa, mentalize um desejo. Quando todas as velas estiverem acesas, diga:

Com estas luzes eu abro caminho para que a Primavera chegue com toda a sua fertilidade.
A partir de agora a força do sol cresce e que sua luz possa fertilizar a Terra.
Que assim seja e que assim se faça!

Ande com o buquê de flores ao redor do Círculo, fazendo os seus pedidos. Coloque-o sobre o Altar, enquanto diz:

Eu ofereço estas flores à Donzela

Homenageio o Espírito da Natureza, pedindo-lhe que o solo se torne novamente fértil e que as sementes possam germinar.

Pegue a taça com o vinho, eleve-as aos céus, dizendo:

Eu homenageio a Donzela e a luz crescente do Sol.

Beba um pouco de vinho e faça uma libação.

Cante e dance em homenagem aos Deuses.

Agradeça aos Deuses.

Destrace o Círculo Mágico.

OSTARA

Ostara - A Terra Desperta - 21 de Setembro

Ostara é o primeiro dia da Primavera. É o momento do ano em que o Sol está diretamente acima do equador, fazendo com que noite e dia tenham igual duração. Nesse dia, escuridão e luz são precisamente iguais; então, esse Sabbat traz os sentimentos de equilíbrio e interação. Desse dia em diante o dia dominará a noite, ou seja, os dias serão maiores que as noites e a Terra explodirá com vida.

Ostara é celebrado no hemisfério Norte por volta de 21 de março e no hemisfério Sul por volta de 22 de setembro. Este é o tempo em que as sementes são plantas e começam o seu processo de crescimento. Ostara é tido como um momento de união e amor entre a Deusa (Lua) e o Deus (Sol), pois é um período de igualdade e equilíbrio entre as forças da Natureza, e isso indica também que é o momento ideal para fortalecer a energia de complementaridade entre homem e mulher.

Segundo as crenças Wiccanas, em Ostara o Deus (Sol) cresceu, tornando-se um jovem adulto. Ele está passando pela puberdade e suas forças são refletidas na vitalidade e no crescimento das plantas. Ele está crescendo novamente. Com a vitalidade crescente dele vem o calor da Primavera e o futuro plantio das futuras colheitas. A Deusa não é tida mais como a Mãe nutridora, mas como uma bonita Virgem da Primavera. Assim como em relação à Natureza esse é o momento de plantar, essa também é a hora de cultivarmos nossas “sementes” (metas e objetivos). É o período de celebrar as mudanças de nosso corpo, pois nessa estação do ano ficamos mais ativos, dormimos menos, comemos menos e gastamos mais tempo ao ar livre.

Nesse dia, os antigos Pagãos de Europa acendiam Fogueiras nos cumes de montanhas, pois acreditavam que o brilho do fogo seria capaz de tornar a terra frutífera e manter suas casas em segurança. O fogo aceso também simbolizava iluminar os caminhos para que o Sol pudesse retornar à Terra.

A Deusa reverenciada nesse dia é Eostre (observe a semelhança do nome Eostre com Easter = Páscoa, em inglês), e o Sabbat do Equinócio da Primavera ganhou o nome de Ostara em sua homenagem. O Cristianismo absorveu muito dos costumes e folclores Pagãos de Ostara, pois no hemisfério Norte e atual data pascal ocorrem próximo à data de Ostara.

Eostre, que significa “a Deusa da Aurora”, é uma Deusa anglo-saxã da Primavera, da ressurreição e do renascimento. Estava associada à fertilidade e aos grãos, e oferendas de pão e bolo eram feitas nessa época a Ela.

A primeira e mais preservada Tradição Pagã de Ostara é a pintura e decoração dos ovos. Se realmente analisarmos com cautela, por que os Cristãos têm o costume de se presentearem com ovos na Páscoa?

A resposta é simples, não acha?

O ovo simboliza a fertilidade da Deusa e do Deus, o símbolo de toda a criação. Ao decorá-los, estamos carregando-os como objetos mágicos, de acordo com as cores que utilizarmos. É uma Tradição também esconder os ovos, e achá-los simboliza que a pessoa alcançará suas metas. Outro simbolismo é o coelho da Páscoa. Muitos nem sequer percebem que o coelho é um dos maiores símbolos de fertilidade da Deusa, pois eles levam um período de 28 dias para gestarem e darem à luz os filhotes, e 18 dia é o ciclo de uma lunação.

Além disso, a lenda do coelho da Páscoa tem uma estreita relação com a referente à Deusa Eostre, na qual um gentil coelhinho pedia favores a Deusa e em troca botava ovos, decorava-os e presenteava a Deusa com eles. Segundo a lenda, Eostre ficou maravilhada com a beleza dos ovos e ficou tão contente que desejou que toda a humanidade pudesse partilhar de tamanha beleza e alegria. Assim, o coelho começou a viajar por todo o mundo na época do Equinócio da Primavera, presenteando a todos com seus ovos decorados.

Os símbolos desse Sabbat são as flores e os ovos coloridos. Esses ovos enfeitam o Altar e depois são colocados aos pés das árvores ou em vasos com plantas.

Nesse dia, os antigos europeus iam até o campo para colher flores e as levavam para casa, pois acreditavam que as flores colhidas no Equinócio da Primavera eram mágicas e, através delas, seriam capazes de conectarem a energia de toda a Natureza. Essas flores eram secas e com elas eram feitos ornamentos para enfeitar as casas, até Ostara do ano seguinte, em que eram trocadas por novas flores, assegurando assim a continuidade de sorte, saúde e felicidade.

Ostara é o tempo da renovação, o momento ideal de passear por jardins, parques, bosques, florestas e outros lugares verdes, fazendo do passeio um verdadeiro ritual, uma celebração da Natureza e da vida.

Correspondências de Ostara

Cores: verde, amarelo, branco.

Nomes Alternativos: Equinócio da Primavera, Easter, Dia da Senhora.

Deuses: Deuses jovens e da fertilidade e a Deusa, no seu aspecto de Virgem Primavera.

Ervas: tanchagem, lavanda, manjerona, alecrim, lilás, violetas, limão, bálsamo, madressilva, musgo de carvalho, rosas, sabugueiro, salgueiro, açafrão, narciso, junquilho, tulipa, cravos, verbena.

Pedras: quartzo branco, quartzo rosa, ágata, lápis-lazúli, amazonita, citrino.

Atividades:

  • Caminhar pelo campo para colher flores. Enfeitar toda a casa com elas.
  • Celebrar a Natureza fazendo uma oferenda aos elementais, agradecendo pela beleza proporcionada pela Primavera.
  • Plantar uma árvore ou flores.
  • Fazer um jardim.
  • Colorir ovos e enfeitá-los com símbolos de fertilidade.
  • Levar um buquê de flores a uma nascente em homenagem ao Espírito da Primavera.

Comidas e Bebidas Sagradas do Sabbat: ovos, cremes e leite, pães, saladas, bolos de mel, vinho, ponche, leite e iogurte.

Fazendo Ovos de Ostara

Os ovos coloridos são os maiores símbolos desse Sabbat. Os povos primitivos acreditavam que o mundo teria surgido a partir de um grande Ovo Cósmico botado pela Deusa Pássaro e fertilizado pelo Deus Sol. Então percebemos que os ovos são o símbolo máximo da criação e da fertilização.

Pagãos de todo o mundo pintam ovos no Equinócio da Primavera e seus altares são decorados com esses poderosos símbolos de fertilidade, proteção e boa sorte. Faça também o seu Ovo de Ostara e projete nele todos os sonhos e desejos que quer ver realizados.

Para fazer os Ovos de Ostara você vai precisar de:

  • Ovos;
  • Tintas de várias cores, dando destaque às cores amarela, verde e branca (cores sagradas de Ostara);
  • Pincéis de várias espessuras;
  • Uma cesta de vime.

Cozinhe os ovos e espere que esfriem. Pinte-os usando toda a sua criatividade. Coloque neles símbolos como o Sol, a Lua, as Estrelas, as Runas, entre outros símbolos. Se desejar, você poderá pintar símbolos que representem os seus desejos como, por exemplo, um carro, uma casa, etc.

Coloque-os na cesta de vime e então consagre os Ovos, traçando um Pentagrama Invocante sobre eles, dizendo:

Em nome da Deusa da Primavera e do Deus Sol, pelos poderes dos quatro elementos, Terra, Ar, Fogo e Água, eu consagro estes Ovos de Ostara.

Coloque-os sobre o seu Altar e deixe-os lá durante todo o seu rito de Sabbat. Presenteie os amigos, parentes e pessoas queridas com um ovo, orientando-os a colocá-lo nos pés de uma planta ou árvore.

Ritual de Ostara

Material necessário:

  • Caldeirão com água;
  • Flores do campo;
  • Nove velas amarelas;
  • Uma taça com água;
  • Um Ovo de Ostara.

Procedimento:

Coloque o caldeirão com a água no meio do altar. Circunde-o com as nove velas amarelas. Trace o Círculo Mágico e então diga:

Abençoada seja a Primavera que chegou.
Agora as flores mostram toda a sua vida através das cores.
A estação da Esperança e da alegria chegou.
Que a Deusa e o Deus abençoem a Terra com equilíbrio e renovação.

Acenda as velas ao redor do Caldeirão, dizendo:

Eu acendo estavas velas em homenagem à Rainha da Primavera para que a luz do Sol possa trazer alegria e vida.

Coloque algumas flores dentro do seu caldeirão com água e lave as suas mãos mentalizando os seus desejos e fazendo seus pedidos.

Depois, pegue o Ovo de Ostara e refaça seus pedidos. Diga:

Abençoada seja ti, Deusa fertilizadora, que abençoa a Terra com a tua bondade através de tua união com o Deus fertilizador. Que este Ovo represente a semente do meu desejo.

Eleve a Taça e diga:

Abençoada seja a Primavera que regressou. Que a Roda da Vida sempre gire. Que assim seja e que assim se faça!

Beba um gole da água e faça uma libação à Deusa e ao Deus.

Cante e dance em homenagem aos Deuses.

Destrace o Círculo.

BELTANE

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Beltane - Os amantes se enlaçam - 31 Outubro

Beltane ocorre no pico da Primavera. Este é o momento do ano em que a Terra se aquece no gentil abraço de calor do Sol e o Inverno é oficialmente e, finalmente, deixado para trás.
Beltane ocorre no dia 1º de maio no hemisfério Norte e no dia 31 de outubro no hemisfério Sul.


O Sol está rapidamente se aproximando do seu apogeu, que ocorre em Litha, e o seu calor ajuda as plantas e sementes a serem fertilizadas. Os animais brincam e se acasalam.

A Deusa e o Deus agora estão em plena vitalidade e amam-se com toda intensidade. O Deus (o Sol) tem crescido e caminhado para sua fase adulta e a Deusa está no ápice de sua beleza e feminilidade. Eles irão consumar o seu amor. A Sua paixão é evidente em toda a vida presente na Terra.

O Sabbat Beltane marca a união da Deusa e do Deus, representando a fertilidade dos animais e as colheitas do próximo ano.

É o simbolismo da união entre os princípios masculino e feminino da criação, a união dos meios de todos os poderes que trazem vida a todas as coisas. Em Beltane comemoramos a fertilidade, o amor que dá forças a tudo e o retorno do Sol com toda a sua intensidade.
A palavra Beltane vem do nome do Deus céltico “Bel”, que era o senhor da vida, da morte e do mundo dos espíritos. “Tinne” é uma palavra céltica que significa “fogo”. Assim, Beltane quer dizer “Fogo de Bel”.


A antiga tradição requeria que o fogo doméstico fosse apagado da casa toda nesse momento. Uma grande fogueira era feita com as nove árvores sagradas (freixo, bétula, teixo, aveleira, sorveira, salgueiro, pinheiro, espinheiro e carvalho) e então acesa pelos Druidas, sem o suo de pederneira ou aço, ao nascer da Lua, dando-se início à comemoração do Sabbat.

Entre os primeiros povos Pagãos era costume pular a fogueira da Beltane para se livrar de doenças e energias negativas, assegurar bons partos e pedir as bênçãos dos Deuses da fecundidade.

Cada família levava brasas desse fogo para sua casa. Isso simboliza a renovação da vida depois do Inverno frio. Levando as brasas do fogo sagrado e reacendendo o fogo doméstico, as pessoas compartilhavam do divino, representando uma bênção de esperança para um Verão próspero e fértil, com uma colheita abundante.

Beltane é o tempo de celebrar a vida em todas as formas. É o momento de dar boas-vindas ao Verão, momento de equilíbrio, no qual nos despedimos das chuvas, e as colinas e vegetações atingem tons dourados.

Entre os povos da Europa, os gados, que tinham ficado presos durante todo o Inverno, eram soltos nos pastos em Beltane, a festa que confirmava a promessa da Primavera e o aumento da luz do Sol.

Ao longo dos séculos da Europa céltica, muitos outros costumes foram associados a Beltane. Como nessa época do ano a Terra era muito fértil, a maioria das Tradições européias locais se preocupavam com a fertilidade das colheitas e animais. Beltane era celebrado com flores e uma grande festa pública. Um dos símbolos mais conhecidos associado com esse Sabbat é o Mastro de Beltane ou Maypole (Mastro de Maio, pois no hemisfério Sul Beltane é festejado no primeiro dia de maio). Feito do tronco de uma árvore forte e alta, normalmente o vidoeiro ou freixo era enfeitado com flores e tiras. Uma vez decorado era elevado freqüentemente na praça da aldeia, ponto focal das atividades da comunidade. Seu simbolismo era fálico em honra da fertilidade renovada da Terra.

Ainda hoje continuamos com a Tradição de elevar um grandioso Mastro para celebrar esse Sabbat. O Mastro simboliza o falo do Deus e ele sempre é ornado com uma coroa de flores, representando a vulva da Deusa e fitas multicoloridas. Cada participante pega uma fita e começam então a entrelaçar uma na outra até que todo o Mastro esteja revestido por elas. Ao dançarem e entrelaçarem as fitas no Mastro, estão representando a união da Deusa e do Deus. Na essência, os participantes estão realizando uma incrível união sexual no nível divino.

Um dos mais belos e antigos costumes associados com esse festival era o “Bringing in the May”. Os jovens das vilas e cidades iam até as florestas à meia-noite de Beltane para colher flores. Quando retornavam para a sua vila, paravam em cada casa e presenteavam seus moradores com as flores; então recebiam as melhores comidas e bebidas que os anfitriões podiam oferecer. Isto trazia boa sorte para os donos da casa e era um ato generoso que representava a bondade da Terra nessa época do ano.

Em Beltane o Grande Rito é realizado e possui um significado muito mais especial nesse Sabbat, pois representa o Casamento sagrado, a União Sexual da Deusa e do Deus que sustentará a Terra, dando uma colheita farta e abundante para todos nós nos meses vindouros. O Grande Rito é realizado simbolicamente, quando o Athame (símbolo fálico) é mergulhado no Cálice (símbolo do ventre da Deusa).

Na Europa Antiga, as pessoas celebravam Beltane unindo-se sexualmente em meio aos bosques. Todas as crianças concebidas por meio dessas uniões eram consideradas “bem-aventuradas” e filhos da Deusa e do Deus. Essas uniões em meio às árvores era um ato de Magia simpática e todos acreditavam que tinha um efeito positivo nos reinos animal, vegetal e humano.

Beltane é um Grande Sabbat e, por isso, uma fogueira é acesa de acordo com as Antigas Tradições. O Deus Bel é invocado e então todos pulam a fogueira para se livrar de má sorte, doenças, negatividade e para atrair a fertilidade para sua vida. O Fogo simboliza o Deus em seu total aspecto da Amante da Deusa.

Nesse dia celebramos a vida dançando em volta do Mastro de Beltane (Maypole), dando as boas-vindas ao Verão que se aproxima, pulando o Caldeirão para atrair fertilidade. Muitos casais pulam juntos o caldeirão, para conceber uma criança. A fertilidade sexual é invocada e celebrada como o meio pelo qual todos vêm para a Terra. Beltane é o dia da alegria, da felicidade e do riso. É a festa mais alegre dentre todas, pois celebra a vida em todas as suas manifestações.

É em Beltane que as sementes plantadas no Equinócio da Primavera começam a germinar e brotar. Magicamente falando, Beltane é o tempo de fertilizar, nutrir e encorajar aquilo que plantamos em Ostara, que são nada mais nada menos que os nossos próprios desejos.

Correspondências de Beltane

Cor: verde.

Nomes Alternativos: Rudemas, Vésperas de Maio, Giamonios.

Deuses: Deuses das florestas, fertilidade, sexualidade, êxtase. A Deusa, no seu aspecto de Fertilizadora, e o Deus, como Fecundador.

Ervas: cardo-santo, curry, narciso, coriandro, sangue-de-dragão, samambaia, urtiga, sementes de linho, espinheiro, manjerona, páprica, rabanete, cogumelo, amêndoa, rosas, folhas de sabugueiro, baunilha, ylang ylang.

Pedras: malaquita, quartzo rosa, esmeralda, berilo, turmalina, quartzo verde, amazonita, aventurina.

Atividades:

  • Pular a fogueira de Beltane;
  • Guardar as cinzas da Fogueira de Beltane para utilizar em encantamentos de fertilidade, para abençoar objetos e pessoas;
  • Dançar em volta do Mastro de Beltane;
  • Colher as primeiras ervas da estação;
  • Fazer um piquenique com a família;
  • Lavar a face no orvalho da manhã de Beltane. Segundo as Tradições desse Sabbat, isso traz beleza para quem o faz;
  • Fazer máscaras com folhas para representar o Green Man;
  • Colocar uma tira de tecido em uma árvore fazendo um pedido ao Povo das Fadas. Usar tiras nas cores: laranja para prosperidade, rosa para amor, verde para abundância, amarela para cura, vermelha para proteção, preto para afastar o mal;
  • Fazer uma oferenda ao Povo das Fadas;
  • Fazer guirlandas para serem usadas na cabeça como coroas. As das mulheres são feitas com flores multicoloridas e as dos homens com folhagens verdes;
  • Fazer um pacote de Beltane, com madeiras, para ser queimado;
  • Levar uma oferenda das flores ao Espírito da Primavera em um rio ou uma cachoeira.

Comidas e Bebidas Sagradas: bolo de cereais, saladas, tortas, bolos, todas as frutas, vinho, sucos.

Fazendo o Mastro de Beltane (Maypole)

O Mastro de Beltane (Maypole) é um dos símbolos mais conhecidos de Beltane. Ele representa a união do Deus (o Mastro) e da Deusa (coroa de flores no topo). Tradicionalmente é enfeitado com fitas multicoloridas, entrelaçadas ao mastro durante uma dança, representando o enlace da Deusa com o Deus. Durante o entrelace das fitas tecemos a teia da nossa vida, mentalizando nossos desejos, fazendo nossos pedidos e projetando nosso futuro ao Universo.

Para fazer o Mastro de Beltane você vai precisar de:




  • Um tronco fino de uma árvore com mais ou menos 2 metros de altura;

  • Fitas multicoloridas, com 10 cm de largura, na mesma quantidade de participantes da cerimônia de Sabbat;

  • Pregos e martelo;

  • Uma coroa de flores coloridas.

Comece a pregar as fitas em uma das extremidades do tronco. Posicione a coroa de flores na extremidade que você pregou as fitas de modo que os pregos sejam ocultados pelas flores. Prenda as fitas no tronco com um elástico para que elas não embaracem. Então, na sua cerimônia de Sabbat, erga o Mastro de forma ritualística. Para isso proceda da seguinte forma:

Num dado momento de sua cerimônia, as mulheres começam a cavar um buraco no solo, para que o mastro seja fixado. Os homens presentes à cerimônia dão três voltas ao redor do Círculo Mágico, sempre no sentido horário, enquanto dos cantam:


Beltane, Beltane, Beltane que chegou.

É o Sabbat da fertilidade e do amor.

Ao final da terceira volta, as fitas são soltas e o mastro fixado no buraco cavado pelas mulheres. Começa então o entrelaçamento das fitas enquanto o cântico continua. Ao final do entrelaçamento, o mastro é retirado do buraco. Todos seguram o tronco entrelaçado, dando várias voltas juntos pelo Círculo, enquanto continuam cantando:


Beltane, Beltane, Beltane que chegou.

É o Sabbat da fertilidade e do amor.

O Mastro é levado até a fogueira e depositado nas chamas. A festa continua e os participantes prosseguem cantando cânticos sagrados e dançando em volta da Fogueira de Beltane.

Observação: Essa descrição se aplica a um, ritual feito com muitas pessoas e ao ar livre. A confecção, o erguer do Mastro de Beltane em locais fechados e seu uso em rituais solitários podem ser adaptados. Um pequeno Mastro simbólico pode ser feito com gravetos e pequenas fitas de cetim e queimado no interior de um caldeirão ao fim da cerimônia. Use sua criatividade e intuição sempre.

Fazendo o Pacote de Beltane

Muitos costumes dos povos antigos tiveram de ser adaptados às celebrações de Sabbat e hoje várias Tradições tornaram-se simbólicas, devido à realidade moderna de indisponibilidade de espaços ao ar livre, entre outras coisas.

Um dos costumes que muitas vezes tem de ser adaptado, principalmente por aqueles que realizam seus rituais em locais fechados e solitariamente, é a realização da Fogueira de Beltane, que antigamente era feita com as nove árvores sagradas dos celtas: freixo, bétula, teixo, aveleira, sorveira, salgueiro, pinheiro, espinheiro e carvalho.

Hoje muitos Pagãos utilizam o Pacote de Beltane, feito com nove galhos de árvores encontrados em locais diferentes, como substituto e representante da Antiga Fogueira feita com o tronco das nove árvores sagradas.

Durante o decorrer do ano, adquira os nove galhos que farão parte de seu Pacote de Beltane. Esses galhos devem ser colhidos em lugares que tenham um significado particular para você ou onde ocorrerem acontecimentos importantes em sua vida durante o ano, até que chegue Beltane. Você pode estar andando pela rua e pegar um galho que chame sua atenção no chão; numa viagem colher um galho de uma árvore que lhe pareça especial, ou simplesmente recolher um galho de árvore que serviu de sombra ao beijar a pessoa amada. O importante é que esses galhos sejam retirados de locais diferentes, em ocasiões diferentes e lhe sejam especiais por motivos diferentes.

Quando chegar Beltane, junte os nove galhos recolhidos, dê um laço com uma linha fita verde e enfeite com folhagens e flores. Seu Pacote de Beltane está pronto.

Durante a celebração de seu Rito de Sabbat, queime o Pacote nas chamas de seu Caldeirão ou sobre a Fogueira de Beltane, como oferenda aos Deuses e Espíritos da Natureza.

Ao depositar o seu Pacote nas chamas, diga o seguinte encantamento:

Pacote de Beltane queime nas chamas.
Enfeitado com flores para a coroada Dama
Esta é a minha oferta aos Espíritos da Natureza
Queime no fogo, com rapidez e presteza.

Fazendo Guirlandas de Beltane

As guirlandas simbolizam, desde tempos antiqüíssimos, a eterna Roda do Ano e seus ciclos ininterruptos.

Elas são utilizadas em Beltane como coroas estilizadas. Esse costume é remanescente das celebrações de Beltane da Europa Antiga, nas quais o melhor dançarino era homenageado com uma coroa de folhagens (representando o Deus) e a donzela mais bonita era coroada com uma guirlanda de flores e homenageada como a Rainha das celebrações de Beltane (representando a Deusa).

Até hoje continuamos essa Tradição e é por isso que em Beltane todos os participantes são ornados com guirlandas. Para os homens as guirlandas são de folhagens e para as mulheres de flores coloridas.

Para fazer uma Guirlanda de Beltane você vai precisar de:

  • Arame de artesanato;
  • Um alicate com as pontas firmes;
  • Flores ou folhagens;
  • Um carretel de linha nº 10.

Faça uma circunferência com o arame na medida de sua cabeça. Vá então contornando toda a circunferência de arame com as flores e fixando-as com a linha nº 10 até que todo o arame esteja coberto pelas flores ou folhagens.

No início de sua celebração de Beltane coroe cada participante com uma guirlanda. Enquanto coloca as coroas sobre a cabeça de cada pessoa, diga:

Eu corôo você com esta guirlanda e concedo-lhe as bênçãos da Deusa Fertilizadora e do Deus Fecundador. Seja bem vindo (a) ao nosso rito de Beltane.

Ritual de Beltane

Material necessário:

  • Uma guirlanda com folhagens e flores;
  • Oito velas verdes;
  • Cálice do altar com vinho;
  • Athame;
  • Frutas de todas as cores;
  • Um pacote de Beltane;
  • Álcool de cereais.

Procedimento:
Coloque o Cálice no meio do Altar, circunde-o com as oito velas verdes. Enfeite o seu Altar com as frutas, de forma que ele fique bem colorido e alegre. Trace o seu círculo e então diga:

Hoje chamamos a Deusa e o Deus para que fecundem toda a Terra e os campos, gados, homens e mulheres sejam férteis.

Ao acender cada uma das velas, diga:

Com este Fogo sagrado o Inverno se afasta e o Verão se aproxima.

Eleve a guirlanda, dizendo:

Este é o Círculo sagrado do renascimento, o símbolo da união que traz alegria à Terra.

Coloque-a sobre o Altar, de forma que o Cálice fique no meio do vão da guirlanda.

Coloque o álcool no Caldeirão.

Brilha a chama de Bel,
O Fogo da Primavera que chama o Verão.
Assim a Roda do Ano gira mais uma vez.
Este é o Fogo de Beltane.
Que ele traga alegria e paz.

Coloque o seu Pacote de Beltane no fogo do Caldeirão, dizendo:

Com estas nove madeiras sagradas, eu chamo o Verão para trazer felicidade à Terra e riqueza ao mundo.

Pegue o caldeirão, pedindo pela purificação e fazendo um pedido.

Segure sua Taça com sua mão esquerda e o Athame com a mão direita. Eleve-os, dizendo:

Mãe e Pai eternamente representados aqui pelo Cálice e pelo Athame,
Eu uno o masculino e o feminino para que a Terra seja fertilizada.
Que a união da Deusa com o Deus possa sustentar a Terra.

Mergulhe a lâmina do Athame no vinho. Beba um pouco e faça uma libação em homenagem aos Deuses. Coma uma fruta e faça seus pedidos mentalmente.

Dance e cante em honra à Deusa e ao Deus. Destrace o Círculo.

LITHA

Litha - Movimento de Alegria e Regozijo - 21 de Dezembro

Litha é uma celebração essencialmente do Fogo, assim como todos os ritos de Verão na Wicca. Ocorre no hemisfério Norte por volta de 21 de junho e no hemisfério Sul por volta de 21 de dezembro.

Litha ocorre no Solstício de Verão, momento em que o poder do Sol chega ao seu ápice e as flores, as folhagens e os gramados encontram-se em abundância na Natureza. É o dia longo do ano, no qual o poder da luz se encontra acima da escuridão, garantindo poder e proteção.

Nesse período celebramos a abundância, a luz, a alegria, o calor e o brilho da vida proporcionados pelo Sol. Nesse instante o Sol transforma as forças da destruição com a luz do amor e da verdade.

Agora o Deus Sol chegou ao seu pico de poder. Ele é um adulto e tornou-se Pai (dos grãos), devido a sua união com a Deusa em Beltane. Em toda a sua plenitude e poder ele traz o calor do Verão e a promessa total de fertilização do solo, dos grãos, para que haja uma colheita farta e abundante. A Deusa foi fertilizada pelo Deus. Animais crescem livres e sabem que os raios protetores do Sol irão prover suas necessidades.

Litha é o auge do poder do Sol, mas prenuncia também o seu declínio. A partir de agora o Deus Sol começará lentamente a sua caminhada rumo ao País do Verão (Outro Mundo), e morrerá em Samhain. É por isso que em algumas Tradições Pagãs esse Sabbat marca o fim do reinado do Deus do Carvalho (Senhor do Ano Crescente) e o início do reinado do Deus do Azevinho (Senhor do Ano Decrescente), que durará até Yule, no qual será substituído novamente.

Há muitas lendas e ritos que envolvem a noite do Solstício de Verão. Um dos costumes mais populares em toda a Europa e Norte da África é a Tradição de colher ervas medicinais e mágicas nesse dia, já que a força e o poder mágico estão no auge por causa do momento astral, que contém todo o poder sanador do sol e toda a plenitude da Terra. As ervas são tradicionalmente colhidas nesse dia para capturar o poder do sol que está em seu apogeu. Visco, basílico e outras inúmeras plantas são colhidos ritualisticamente e usados para preservar a energia nos tempos frios em encantamentos e sortilégios.

Há também uma infinidade de lendas mágicas que nos falam de Antigas Tradições de banhos purificadores e curas milagrosas realizadas nas noites do Solstício de Verão em fontes, rios e cachoeiras. Acredita-se que tudo aquilo que for sonhado, desejado ou pedido na noite da Litha se tornará realidade.

Os antigos povos da Europa acreditavam que, nessa noite, Puck, Pã e todos os Elfos, Fadas, Duendes e Gnomos andavam correndo pelos campos e florestas e poderiam ser facilmente vistos e contatados.

Nesse dia os amuletos do ano anterior são queimados e novos talismãs de proteção, poções para sonhos proféticos e filtros são feitos para aproveitar o grande momento de poder. É costume acender uma grande fogueira, continuando a Tradição de Beltane, e pular sobre ela para livrar-se dos infortúnios e negatividade. Tradicionalmente a fogueira é acesa com a fricção dos gravetos de duas árvores mágicas: o abeto e o carvalho.

Litha é o melhor momento para fazer rituais na praia, ao ar livre, praticar divinação e brincadeiras, assim como cantar em homenagem aos Deuses Antigos, dançar e contar histórias em volta da fogueira. Essa é a noite do Poder Mágico.

Correspondências de Litha

Cores: laranja, amarelo, verde, azul, branco.

Nomes alternativos: Solstício De Verão, Feil Seathain.

Deuses: todos os Deuses Solares e Deusas da fertilidade.

Ervas: sálvia, menta, basílico, cebolinha, salsa, alecrim, tomilho, hissopo, madressilva, urze vermelha, urze branca, lavanda, samambaia, visco, verbena, musgo, íris, sorveira, carvalho, abeto, pinheiro, sementes de anis, aveleira.

Pedras: rubi, diamante, conchas do mar, quartzo branco, âmbar, citrino, olhos-de-gato, topázio amarelo, turmalina amarela, peridoto, cornalina, calcita.

Atividades:

  • Pular uma Fogueira, um Caldeirão com chamas ou uma vela;
  • Pintar Runas e outros símbolos mágicos em pedaços de madeira, conchas, papel, pedras; consagrá-los e pendurá-los em suas portas e janelas para proteção;
  • Colher ervas e plantas mágicas nesse dia;
  • Fazer um Bastão Mágico;
  • Fazer uma Cruz Solar e pendurá-la no seu jardim ou porta.Decorá-la com elementos da Natureza;
  • Fazer uma Coleira de Bruxa (Witch’s Ladder) que represente a necessidade que você precisa alcançar;
  • Acender velas, fazer oferendas e libações ao Povo das Fadas;
  • Pendurar ervas na lareira, sala e cozinha para secarem.

Comidas e Bebidas Sagradas do Sabat: frutas frescas, vegetais frescos, patê de ervas, pães de cereais, vinho, suco, cerveja e água.

Fazendo uma Roda Solar

A Roda Solar é utilizada desde tempos remotos como símbolos do Sol. É especialmente feita em Litha para representar o apogeu do Sol e colocada na Natureza como oferenda aos elementais ou pendurada em nossa casa como um amuleto protetor.

Para fazer uma Roda Solar você vai precisar de:
  • Galhos e ramos maleáveis;
  • Fitas e símbolos mágicos relacionados à proteção;

Entrelace os ramos maleáveis fazendo uma circunferência. No interior dessa circunferência estabeleça uma linha vertical, utilizando mais galhos e ramos. Faça uma linha horizontal, cruzando a vertical, formando assim uma cruz de braços iguais dentro da circunferência.

Enfeite sua Roda Solar com as fitas e os símbolos escolhidos.

Pendure-a em uma árvore, numa porta ou parede de sua casa, enquanto diz:

Pela Terra e pelo Ar,
Pelo Fogo e pela Água,
Esta Roda Solar será pendurada.
Que Ela possa me proteger e todo o mal afastar
E que a Deusa e o Deus possam me abençoar.
Pela flora e pela Magia e pelos poderes das Graças,
Que assim seja e que assim se faça!

Fazendo uma Coleira de Bruxa (Witch’s Ladder)

As penas sempre foram utilizadas em inúmeros propósitos mágicos, e talvez o mais famoso encantamento feito com elas seja a Coleira de Bruxa (Witch’s Ladder). Três fios de diferentes cores são trançados juntos – as cores dependem do propósito da Coleira de Bruxa – e nove penas, nas cores associadas ao seu desejo, são amarradas ao longo do fio entrelaçado. Ao final da confecção, una as pontas dos fios.

Use:
- Branco: para equilíbrio, proteção, paz e as bênçãos da Lua.
- Vermelho: para coragem, vigor, dinamismo, garra, conquista de algo muito difícil.
- Azul: harmonia familiar e poderes psíquicos.
- Amarelo: saúde, inteligência, sorte nas vendas
- Verde: prosperidade, proteção, abundância.
- Laranja: sucesso.
- Rosa: amor.
- Marrom: conquistas materiais.
- Preto: proteção, afastamento da negatividade, neutralização de feitiços.

Durante toda a confecção da Coleira de Bruxa, mentalize o seu desejo e peça aos Deuses o auxílio necessário para alcançá-los.

Pendure a sua Coleira de Bruxa na janela do seu quarto. Quanto mais o vento soprá-la, mais o seu desejo estará próximo de tornar-se realidade.

Ritual de Litha

Material necessário:

  • Caldeirão;
  • Três velas vermelhas;
  • Uma pedra de rio;
  • Cálice com vinho;
  • Álcool de cereais;
  • Canela em pau.

Procedimento:
Coloque as três velas vermelhas em forma de um triângulo, que aponte para cima. Ponha o Cálice no meio do triângulo de velas. Trace o Círculo Mágico e diga:

O Senhor do Sol abençoa nossa Terra com seus raios e nos protege com a sua dança. Que Ele abençoe os solos para que as plantações amadureçam.

Ao acender cada uma das velas, diga:

Celebro a alegria do Sol e a sua luz que abençoa a Terra com alegria e amor.

A cada vela acesa faça um pedido à Deusa e ao Deus. Eleve a Taça, dizendo:

Este é o verdadeiro Graal da sabedoria e inspiração e ventre condescendente da Deusa e de suas águas fertilizadoras.

Dentro do Caldeirão derrame um pouco de vinho com um pouco de canela em pau e álcool e acenda.

Segure a pedra por alguns instantes e transfira a ela todos os seus medos, rancores e aquilo que para você atrapalha o seu sucesso e progresso. Deixe a pedra aos pés do Caldeirão e pule-o, dizendo:

Com este pulo eu me liberto de todas as coisas que impedem o meu avanço.

Beba um pouco de vinho e faça uma libação, dizendo:

Eu bebo este vinho em honra ao Deus Sol e à Deusa Terra.

Dance e cante em homenagem aos Deuses.

Destrace o Círculo.

LAMMAS

Lammas - O Sacrifío do Pai - 2 de Fevereiro

Lammas é o primeiro festival dos Sabbats das colheitas.

O trabalho do Verão e da Primavera está finalmente terminado nessa primeira colheita. Oferendas de pão são servidas ao Povo das Fadas e deixadas para os animais. Durante esse tempo você poderá honrar a Deusa como a Senhora da Abundância e o Deus como o Sol que caminha para a morte. Você poderá celebrá-los deixando libações de pão e cidra em Sua homenagem.

Lammas, ou Lughnashad, o festival céltico em homenagem ao Deus Sol, ocorre em 1º de agosto no hemisfério Norte e 2 de fevereiro no hemisfério Sul. Essa é a celebração das primeiras frutas da colheita. O Deus Sol agora se transforma no Deus das Sombras, doando sua energia às sementes para que a vida seja sustentada, enquanto a Mãe se prepara para assumir seu aspecto de Anciã.

Agora é o tempo de ensinar o que você aprendeu, com os frutos colhidos. Ramos de trigo assim como bonecas de milhos são símbolos tradicionais desse Sabbat. O pão é colocado sobre o Altar de decorado com frutas e vegetais da colheita. Isso representa o início do ciclo da colheita. No Paganismo Ocidental, esse é um festival dos grãos e por isso é chamado muitas vezes de “o Sabbat das primeiras frutas”.

Lammas honra o Deus céltico Lugh, Lugh é o Deus das colheitas, do Fogo, da luz e do Sol. Ele foi o Rei dos Tuatha de Danan e consorte de Dana, a primeira Grande Mãe da Irlanda. Dana, como a rainha de Lugh e a Deusa Mãe, é também honrada nesse Sabbat.

A Morte sacrificial e o renascimento de Lugh, assim como a colheita dos grãos, está sempre conectada a Lammas, simbolizando que sempre o Deus morrerá para renascer novamente através da benevolência da Deusa.

Outros aspectos desse Sabbat contêm a representação do crescimento do nascimento, da honra e do agradecimento à Deusa, pelo seu ventre que cultivou as sementes, e a Lugh, em seu aspecto de Deus Sol, pelas bênçãos e fertilização do ventre da Deusa com seu calor e luz.

Lammas é um dos festivais célticos do Fogo. Na Irlanda corridas e jogos eram feitos em nome de Lugh e sua mãe criadora Talitu.

Lammas, que significa “massa”, é um nome mais recente para se referir a Lughnashad e começou a ser utilizado na Idade Média. Esse é o dia em que os pães, feitos dos primeiros grãos das colheitas, são servidos e oferecidos aos Deuses antigos. Lammas é o tempo de honrar os aspectos de fertilidade e união da Deusa com o Deus, para gerar a fertilidade.

Lammas é um dos quatro grandes Sabbats. Ocorre a ¼ de ano da chegada de Beltane. É um tempo tradicional para os trabalhos da Arte. Para nós, Wiccanos, o sentido da visão da luz que está trazendo a frutificação das sementes da Primavera é o mistério de Lammas. Mas esse Sabbat também é um momento de espera, quando as sementes são colhidas na esperança doe novas vidas que virão.Um dos costumes modernos dos pagãos é construir nesse dias, como parte da comemoração de Lammas, bonecas de milho ou pequenas figuras feitas com pão. As bonecas são colocadas no Altar para representar a Deusa Mãe que preside sobre a colheita. Uma nova boneca é feita nesse Sabbat e a antiga é previamente queimada para trazer boa sorte.

Lughnashad (que significa literalmente “festa ou festival de Lugh”) era a festa céltica que comemorava os jogos funerais de Lugh. Porém, não a morte de Lugh, mas os jogos que Ele institucionalizou para honrar a morte de sua mãe adotiva, Talitu. Por isso Lughnashad da Irlanda é chamada de “Talitu Games”.

Uma característica comum dos jogos eram os casamentos de Talitu, os casamentos informais que eram firmados por um ano e um dia ou até o próximo Lammas. Durante esse período, o casal decidiria se queria ficar junto ou romper com o casamento para que cada um seguisse o seu próprio caminho. Esses casamentos foram comuns até os anos de 1500 e as cerimônias eram geralmente solenizadas por um poeta, um bardo ou um Sacerdote ou Sacerdotisa da Antiga Religião.

Para muitos do Ocidente o início de Agosto, no hemisfério Norte, prenuncia a expectativa da colheita do trigo. Uma das lendas conta que em Lammas o Rei de Tara fez uma festa contendo um produto de cada província de seu reino. Ele não só mostrou como e quanto o seu reino era próspero, como o seu agradecimento pela colheita. Por isso esse é o festival que dá graças por toda bondade que recebemos da Terra.

Como parte desse processo de agradecimento, a primeira colheita de grãos maduros é colocado dentro da massa do pão que é partilhado com todos os membros da comunidade que festejam o Sabbat. As massas são moldadas na forma de Sol, simbolizando o Deus da colheita, ou simplesmente em formato redondo representando a Deusa e a Roda do Ano, ou em forma circular com um trigo no topo dele. Pães recém-assados são parte importante da celebração de Lammas.

O pão é elemental por si: Terra, Ar, Fogo e Água são combinados em uma substância que sustentou milhares de pessoas durante séculos.

O pão combina as sementes da terra (farinha), com a água, a substância que deu origem a todas as coisas. O sal é o grande agente purificador. Levedura, o sagrado transformador dos Deuses, o segredo. Quando o sovamos, estamos trabalhando com a energia do ar, pois é assim que o pão ganha forma. Finalmente, quando ele vai ao forno, entra em contato com o elemento Fogo. Dessa forma todos os elementos estão presentes no pão.

Em Lammas o Sol está começando a declinar no céu, mas o grande calor do dia não evidencia a diminuição da luz. É momento de celebrar a generosidade da colheita com poderosos ritos de gratidão. O Deus lentamente debilitado se sacrifica para alimentar seu povo. Simbolizando o milho colhido, o Deus assume o papel de salvador para preservar a vida na Terra. Este é o primeiro Sabbat da parte escura do ano.

Lammas, como um festival de fogo e de colheita, assume muitos temas sacrifatórios. Nossos antepassados sabiam que, para receber algo, deveríamos dar primeiro. Nossos antepassados sacrificavam o melhor da primeira colheita para assegurar que as colheitas subseqüentes fossem abundantes e cada vez maiores. Essa cerimônia sacrificiatória se tornou o ponto central nos rituais de Lammas.

Antigamente, nesses rituais, havia uma efígie do Deus Milho feita com vime e outros materiais. O homem de vime era preenchido com todos os “sacrifícios” da aldeia. Frutas, grãos, riquezas, vinho e outras oferendas eram colocados dentro dele. Uma fogueira enorme era construída e consagrada. Durante a cerimônia de Lammas, o homem de vime era lançado sobre o Fogo e sacrificado, levando assim os desejos das pessoas até o mundo dos Deuses.

Esse Poderoso ritual usa o simbolismo do Fogo como o elemento mais etéreo e primitivo na Natureza. Enfatiza a relação do Fogo com os Deuses da vida e a centelha da criação.

Por incrível que pareça, nós ainda executamos isso durante o rito de Lammas, o homem de vime hoje é feito de grãos, ou milho, que é queimado no Caldeirão. Nenhum oferecimento de qualquer fonte animal é usado. Oferendas típicas incluem grãos, flores, frutas, incensos, ervas, pedras, perfumes, desejos escritos no papel. Esse ritual incluí um banquete fantástico com muitos pães frescos e frutas.

Lammas é o tempo de dar gratidão pelo que você começou a receber e sacrificar o que você puder para receber mais.