Litha é uma celebração essencialmente do Fogo, assim como todos os ritos de Verão na Wicca. Ocorre no hemisfério Norte por volta de 21 de junho e no hemisfério Sul por volta de 21 de dezembro.
Litha ocorre no Solstício de Verão, momento em que o poder do Sol chega ao seu ápice e as flores, as folhagens e os gramados encontram-se em abundância na Natureza. É o dia longo do ano, no qual o poder da luz se encontra acima da escuridão, garantindo poder e proteção.
Nesse período celebramos a abundância, a luz, a alegria, o calor e o brilho da vida proporcionados pelo Sol. Nesse instante o Sol transforma as forças da destruição com a luz do amor e da verdade.
Agora o Deus Sol chegou ao seu pico de poder. Ele é um adulto e tornou-se Pai (dos grãos), devido a sua união com a Deusa em Beltane. Em toda a sua plenitude e poder ele traz o calor do Verão e a promessa total de fertilização do solo, dos grãos, para que haja uma colheita farta e abundante. A Deusa foi fertilizada pelo Deus. Animais crescem livres e sabem que os raios protetores do Sol irão prover suas necessidades.
Litha é o auge do poder do Sol, mas prenuncia também o seu declínio. A partir de agora o Deus Sol começará lentamente a sua caminhada rumo ao País do Verão (Outro Mundo), e morrerá em Samhain. É por isso que em algumas Tradições Pagãs esse Sabbat marca o fim do reinado do Deus do Carvalho (Senhor do Ano Crescente) e o início do reinado do Deus do Azevinho (Senhor do Ano Decrescente), que durará até Yule, no qual será substituído novamente.
Há muitas lendas e ritos que envolvem a noite do Solstício de Verão. Um dos costumes mais populares em toda a Europa e Norte da África é a Tradição de colher ervas medicinais e mágicas nesse dia, já que a força e o poder mágico estão no auge por causa do momento astral, que contém todo o poder sanador do sol e toda a plenitude da Terra. As ervas são tradicionalmente colhidas nesse dia para capturar o poder do sol que está em seu apogeu. Visco, basílico e outras inúmeras plantas são colhidos ritualisticamente e usados para preservar a energia nos tempos frios em encantamentos e sortilégios.
Há também uma infinidade de lendas mágicas que nos falam de Antigas Tradições de banhos purificadores e curas milagrosas realizadas nas noites do Solstício de Verão em fontes, rios e cachoeiras. Acredita-se que tudo aquilo que for sonhado, desejado ou pedido na noite da Litha se tornará realidade.
Os antigos povos da Europa acreditavam que, nessa noite, Puck, Pã e todos os Elfos, Fadas, Duendes e Gnomos andavam correndo pelos campos e florestas e poderiam ser facilmente vistos e contatados.
Nesse dia os amuletos do ano anterior são queimados e novos talismãs de proteção, poções para sonhos proféticos e filtros são feitos para aproveitar o grande momento de poder. É costume acender uma grande fogueira, continuando a Tradição de Beltane, e pular sobre ela para livrar-se dos infortúnios e negatividade. Tradicionalmente a fogueira é acesa com a fricção dos gravetos de duas árvores mágicas: o abeto e o carvalho.
Litha é o melhor momento para fazer rituais na praia, ao ar livre, praticar divinação e brincadeiras, assim como cantar em homenagem aos Deuses Antigos, dançar e contar histórias em volta da fogueira. Essa é a noite do Poder Mágico.
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